Saudações literárias!


Em meu post de estreia no blog, fui incumbido da responsabilidade de resenhar nada mais, nada menos, do que a Criança Amaldiçoada! Espero que gostem!


Rowling, J. K.; Tiffany, John; Thorne, Jack. Harry Potter e a Criança Amaldiçoada. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2016. 352 p.

Nota: ✩✩✩✩

Sinopse: Sempre foi difícil ser Harry Potter e não é mais fácil agora que ele é um sobrecarregado funcionário do Ministério da Magia, marido e pai de três crianças em idade escolar. Enquanto Harry lida com um passado que se recusa a ficar para trás, seu filho mais novo, Alvo, deve lutar com o peso de um legado de família que ele nunca quis. À medida que passado e presente se fundem de forma ameaçadora, ambos, pai e filho, aprendem uma incômoda verdade: às vezes as trevas vêm de lugares inesperados.


E eis que J. K. Rowling nos leva de novo ao mundo mágico de Harry Potter!

Harry Potter e a Criança Amaldiçoada começa com a família Potter levando seus filhos a mais um ano letivo em Hogwarts, sendo esse o primeiro ano de Alvo Severo Potter. Sim, é a mesma cena do epílogo de Relíquias da Morte! Só que mais explicada. Tem todo aquele dilema do Alvo em ser escolhido para a Sonserina e tudo mais, e Harry o aconselha – pausa para o fato de ser estranho ver o Harry como pai – dizendo que não importa a casa que ele vá.



Somos apresentados também à família Granger-Weasley! Destaque aqui para a Rosa Granger-Weasly, filha de Rony e Hermione. Hugo, o outro filho, não tem destaque quase nenhum, assim como Tiago e Lilian Potter (os filhos). Rosa é tão determinada quanto a mãe, e logo fala para Alvo que é no primeiro ano que as grandes amizades são feitas em Hogwarts, então eles devem interagir.

Pasmem, o primeiro garoto com quem Alvo interage é Escórpio Malfoy, filho do Draco! Tem um pequeno desentendimento entre Alvo e Rosa, sobre Escórpio não ser uma boa companhia. Alvo, como um bom Potter (e Weasley também!), decide ignorá-la e forma sua primeira grande amizade no mundo bruxo! Aqui ficamos sabendo um pouco mais da vida de Draco, e dos rumores que envolvem o nascimento de Escórpio. Dizem as más-línguas que a mulher de Draco, Astoria, não podia ter filhos, então ela usou um vira-tempo para voltar ao tempo e engravidar de Voldemort! (Oi??)

Chegando em Hogwarts, vemos a seleção dos 3. Rosa é selecionada para a Grifinória; Escórpio para a Sonserina; e Alvo... para a Sonserina também! Tem um pequeno desentendimento entre Rosa e Alvo por causa disso. No dia a dia do ano escolar, a magia parece lutar contra Alvo. O garoto não consegue ser bom em nada que seu pai fora. O que o torna motivo de chacota. Escórpio - que também sofre pelos rumores de ser filho de Voldemort – é o seu único apoio, fazendo com que a amizade entre eles só aumente.

Outro personagem que merece destaque é a Delfi. Por motivos de força maior (Spoilers!), não contarei as origens dela, contentem-se só em saber que ela está ligada à Amos Diggory, o pai do Cedrico. E é aqui que está o desenrolar da história. Amos quer que Harry use um vira-tempo para voltar ao passado e impedir que Cedrico morra. Alvo, como um bom Potter, escuta a conversa e resolve fazer algo.

Ao passar da história, Alvo, Escórpio e Delfi entram no Ministério da Magia e roubam o último vira-tempo, que está escondido na sala da ministra (Já mencionei que Hermione é nada mais que a ministra da magia? Mais que merecido!). Com mãos no vira-tempo, os três resolvem voltar e tentar impedir a morte do Cedrico. Muita coisa acontece nessas viagens no tempo. Alvo chega a estragar uma das melhores coisas da história original! Mas “tudo se resolve no final”.

Mesmo tendo adorado ter voltado para a vida de Harry & cia, confesso que o livro deixou um pouco a desejar. Acho que talvez pela a interferência de John Tiffany e Jack Thorne, responsáveis pela peça teatral, a história mais parece uma fanfic do que uma continuação da obra prima que J. K. Rowling escreveu. Alvo, como personagem, também não me agradou muito de início. Mesmo depois de ter lido o livro todo e entendido as motivações dele, achei muito superficial. Ele e Harry têm uma verdadeira relação de gato e rato, coisa que não se repete com Tiago e Lily.

O grande diferencial desse novo livro – além de ser uma literatura dramática – é a rapidez com que as coisas acontecem. Diferentemente dos anteriores, não vemos cada passo de Alvo em Hogwarts. Em um ponto estamos no primeiro ano dele e, de repente, já estamos no terceiro!

Acho que um dos principais pontos do livro é justamente a questão acerca do peso que um nome carrega. Alvo Severo possui o nome de 2 grandes homens na história de Harry Potter - Dumbledore e Snape - além de portar o sobrenome Potter, que também tem sua parcela de responsabilidade. Dumbledore (como quadro) chega a falar pra Harry que achou a escolha do nome um peso muito grande para colocar sobre o menino, o que de certa forma é verdade. Por ter nomes tão "grandiosos", teria o Alvo que fazer atos grandiosos? Outro ponto, envolve a Delfi, mas não adentrarei em detalhes! Perde a graça contar sobre ela. A emoção de descobrir mais da garota é imperdível!

É como diria Luna, as coisas de que perdemos nem sempre retornam para nós da forma que esperamos!


Tendo chegado ao fim (me controlei para não resumir a história inteira! hahaha), para quem leu, o que vocês acharam do livro? Atendeu suas expectativas? E em relação ao subtítulo do livro, quem vocês acham que é a criança amaldiçoada?

Deixe um comentário